Este espaço foi criado para trocar ideias e atividades da área de Lingua e Literatura, compartilhando com os colegas experiências vividas ao longo da minha profissão.

Língua

Gosto de sentir a minha lígua roçar
A língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar
A criar confusões de prosódias
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesias está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade (...)
(Caetano Veloso)

sábado, 24 de setembro de 2011

Treinamento para o ENEM

Questão 1 (UNESP 2010)

A felicidade, para você, pode ser uma vida casta; para outro, pode ser um casamento monogâmico; para outro ainda, pode ser uma orgia promíscua. Há os que querem simplicidade e os que preferem o luxo. Em matéria de felicidade, os governos podem oferecer as melhores condições possíveis para que cada indivíduo persiga seu projeto. Mas o melhor governo é o que não prefere nenhuma das diferentes felicidades que seus sujeitos procuram. Não é coisa simples. Nosso governo oferece uma isenção fiscal às igrejas, as quais, certamente, são cruciais na procura da felicidade de muitos. Mas as escolas de dança de salão ou os clubes sadomasoquistas também são significativos na busca da felicidade de vários cidadãos. Será que um governo deve favorecer a ideia de felicidade compartilhada pela maioria? Considere: os governos totalitários (laicos
ou religiosos) sempre “sabem” qual é a felicidade “certa” para seus sujeitos. Juram que querem o bem dos cidadãos e garantem a felicidade como um direito social — claro, é a mesma felicidade para todos. É isso que você quer?

(Contardo Calligaris. Folha de S.Paulo, 10.06.2010. Adaptado.)

Sobre esse texto, é correto afirmar que:
A) Ao discorrer sobre a felicidade, o autor elege como foco a autonomia do indivíduo.
B) A felicidade é assunto público e por isso pode e deve ser orientada por critérios objetivos definidos pelo
Estado.
C) O critério moral e religioso é o mais adequado para reger o comportamento dos indivíduos.
D) O bem-estar e a felicidade pessoal não devem ser assuntos restritos ao livre arbítrio individual.
E) Para o autor, a busca da felicidade não deve se subordinar ao relativismo das escolhas.

Resolução: A

Questão 2

Renata, 11, combinava com uma amiga viajar em julho para a Disney. Questionada pela mãe, que não sabia de excursão nenhuma, a menina pegou uma pasta com preços do pacote turístico e uma foto com os dizeres: “Se eu não for para a Disney vou ser um pateta”. A agência de turismo e a escola afirmam que não pretendiam constranger ninguém e que a placa do Pateta era apenas uma brincadeira. Para um promotor da área do consumidor, o caso ilustra bem os abusos na publicidade infantil. “Já temos problemas sérios de bullying nas escolas. Essa empresa está criando uma situação propícia para isso”.

(Folha de S.Paulo, 20.04.2010. Adaptado.)

Acerca dessa notícia, podemos afirmar que:
A) Em nossa sociedade, os campos da publicidade e da pedagogia são esferas separadas, não suscitando questões de natureza ética.
B) Para o promotor citado na reportagem, o caso em questão provoca problemas de natureza exclusivamente jurídica.
C) Uma das questões éticas envolvidas diz respeito à exposição precoce das crianças à manipulação do desejo, exercida pela publicidade.
D) O público-alvo dessa campanha publicitária constitui-se de indivíduos dotados de consciência autônoma.
E) Para o promotor citado na reportagem, o caso em questão não apresenta repercussões de natureza psicológica.

Resolução : C