Este espaço foi criado para trocar ideias e atividades da área de Lingua e Literatura, compartilhando com os colegas experiências vividas ao longo da minha profissão.

Língua

Gosto de sentir a minha lígua roçar
A língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar
A criar confusões de prosódias
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesias está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade (...)
(Caetano Veloso)

domingo, 14 de junho de 2009

Colheita

Colégio Estadual Gov. Luiz Viana Filho
Aluno(a)..................................................................... Série…..... Turma........
Colheita

Mãos no bolso e ombros encolhidos, Carlos Teodoro, 12 anos, tosse e sobe a ladeira de terra da Vila Santa Cruz, em Tabatinga, cidade-dormitório de bóias-frias que colhem laranja, na região de Araraguara. O menino vai ao centro de saúde. A falta de ar não o deixou dormir. No dia anterior, trabalhou na turma do Cebola, caminhoneiro que empreita mão-de-obra. Colheu 23 caixas, ganhando o equivalente a 12 centavos de dólar em cada uma. Foi sozinho, pois os pais são velhos e doentes. Colhendo em dupla, o trabalho rende mais: um fica no ponteiro; o outro, no barrado, abaixo, com o saco de lona pendurado ao ombro por uma tira. Quando a sacola fica cheia, o colhedor solta o fundo e derrama o conteúdo na caixa para o transporte no caminhão. Sem parceiro, Carlos teve de trabalhar dobrado.
“Fiquei suado e depois me molhei, por isso tô com essa tosse.”
Se ele não trabalhar, não há como pagar o aluguel, equivalente a 6 dólares, pelo cômodo de tábuas espaçadas e sem janela. O menino sustenta pai e mãe e mais um sobrinho pequeno. A família vive migrando em busca de vida melhor.
“Já passamos por um punhado de cidades. Em Goio-Erê, no Paraná, colhi algodão, já fui até servente de pedreiro.”
Em Tabatinga, só existem laranjas, com seu perfume pela manhã ou à noitinha, e a rotina dos colhedores indo e vindo em ônibus velhos e caminhões.

1. Onde se passa o fato?
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2. Quem é o personagem principal do texto?
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3. Quanto ganha o menino por uma caixa de laranjas?

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4. De quanto é o aluguel do quarto onde mora com a família?
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5. Cite um fato acontecido com Carlos Teodoro que mostre que sua família havia migrado.
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6. O texto refere-se à vida de que tipo de trabalhador, urbano ou rural?
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7. Marque com X a(s) alternativa(s) correta(s). Em meio a todas as dificuldades, o caso do menino trabalhador e especialmente cruel, porque:

a) criança tem menos força para fazer trabalho pesado;
b) criança tem de estar na escola, não no trabalho;
c) criança é mais frágil, pode adoecer com mais facilidade.


Obs: Desconheço a fonte do Texto, se alguém souber, avise-me que darei so devidos créditos, obrigada!